É verdade, hoje aqui há pulítica, mas da boa (com us em vez de oo), ou não estivéssemos no chamado período eleitoral, que é aquele período que também ataca os pulíticus.
Não tenho nada contra eles, nem duma maneira geral nem duma maneira particular. Sei que se não for Zé é Manel (também podia ser Maria ou Francisca, mas a coisa não se inclina muito para esse lado, pelo menos aqui no “jardim à beira mal plantado”) e que, com ligeirísssimas diferenças, são “farinha do mesmo saco”, como costuma dizer com frequência um “moleiro” que também entra na contenda (ou não fosse ele também “do saco”).
De saco cheio fico eu a ter de os aturar, sem contudo os aturar. Não os ouço, não os vejo (nem sequer os beijo), nem me interesso pela “altíssima pulítica” que eles “desenvolvem” neste período.
Só me pergunto (e a pergunta é muito antiga) porquê tanto tempo de campanha, dita eleitoral? Então 1 semanita, das curtas, não chegaria para vender o peixe? Ainda por cima peixe em adiantado estado de putrefação…
“Ah não”- dizem-me eles ao ouvido. “ Então como podíamos esclarecer o excelentíssimo público?” (Eles dizem Povo, que sempre enche mais a boca).
Esclarecer o quê? Alguém já alguma vez foi (se é que alguém quer ser) “esclarecido” de alguma coisa? Ou doutra maneira: as pessoas não estão já “esclarecidas” sobre tudo e há muito tempo?
Claro que aqui as águas dividem-se (divido-as eu): há umas tantas pessoas, que estão esclarecidas há muito e há outro grupo que nunca será esclarecido, nem está interessado nisso. Também não é aos berros, insultando-se reciprocamente e usando sempre os mesmo chavões que alguém esclarece alguém.
Fossem os pulíticus capazes de serem esclarecedores e não atuariam como o fazem, nas ditas campanhas. E aqui é que a porca torce o rabo e eu torço o nariz. É que os pulíticus não são “eles”, somos nós.
Fossemos nós outros e eles também o seriam. Para melhor, já se vê; mas como não somos…
À guisa de esclarecimento: que terá dado ao Carapau para pisar um terreno que não tem por costume pisar? Nem eu sei, mas talvez a falta de assunto mais interessante, como teria sido, p. ex. um escândalosito no futebol, sim porque escândalos, na política, não há.
Não fora este um blog sério e teria sempre motivos para posts com interesse. Assim a seriedade obriga-me a alinhavar, em geral, meia dúzia de tretas.
Hoje foi uma exceção (sorrindo).
Explicação final: este post foi o que deu origem ao da semana anterior, pois o considerei perdido. Como sou teimoso (quero dizer persistente) consegui recuperá-lo. Onde estava ele? Exatamente no lixo. Se tivesse pensado calmamente não me teria sido difícil concluir que, pelo assunto tratado, era na lixeira que ele estava bem. E se o tivesse deixado lá não se perdia nada.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
E tu, Lince amigo, também és bom em tretas? E em insultos? E em etc’s?