(Um jaquinzinho com meses)
Este vai ser um post diferente.
Uma das comentadoras habituais deste blog, e que muito prezo, fez um desafio lá no sítio onde avia beijinhos embrulhados aos molhos (ver post "eu em 7x7"), para nos mostrarmos tal como somos (quero dizer, contar das nossas qualidades e defeitos, gostos e desgostos, isto e aquilo, numa palavra, pintarmos o sete) e lançou um repto para lhe seguirmos o exemplo. Eu não aceito o repto, só aceito reptos quando sei que vou vencer (…), mas resolvi mostrar-me nu e cru. Fujo de ser assado ou cozido desde sempre, pelo que, enquanto por cá andar vai ser mesmo assim: cru. (Assado só mesmo lá para o fim, se me respeitarem as últimas vontades).
No blog a que acima fiz referência e de que deixei o link (e devem ir visitá-lo antes de acabarem a leitura deste post) a autora deixou uma foto sua de quando era Princesinha (agora é uma respeitável Rainha enchapelada, bem apresentada e sempre pronta para visitar o seu reino e mesmo o reino dos outros.). Mas, lá onde parece expor-se, acaba por estar protegida pelo “manto diáfano da fantasia”, cor de rosa ao que diz, cobertura essa que ainda guarda religiosamente. Quer dizer: diz que se mostra, mas não mostra. Aqui, pelo contrário, mostro-me com “a crueza forte da verdade”, outro sim é dizer, com a pele à vista, ainda sem escamas é certo, mas pronta a recebê-las. E a pele é ainda a mesma, ainda que um pouco mais manchada e com uma ou outra cicatriz, que provam que o animal não passou a vida numa redoma (leia-se aquário).
Façam comparações. Vejam o ar sereno e despreocupado da Princesinha e a atitude de evidente interesse do jaquinzinho em se conhecer bem (só conhecendo-nos bem sabemos até onde podemos ir) e a preocupação com as coisas importantes da vida, a boca meio aberta de espanto por aquilo que o esperava, o olhar (meio estrábico é certo) de aguda observação, à espera de ver o prometido passarinho que havia de sair da máquina e que até hoje nunca viu. Não viu esse passarinho mas viu e conheceu pássaros, passarões e passarucos, aves de rapina e cucos. E também os mesmos animais, no feminino, que aqui não se fazem excepções.
Não ponho mais na carta. Durante uma semana ficarei exposto, passado esse tempo aparecerei tal como sou hoje e será essa foto que vai permanecer “ad aeternum” (se isto não é latim, é pelo menos muito parecido) no blog.
Desafio os visitantes que tenham blogs a fazer o mesmo (os que já fizeram estão dispensados e se não quiserem vir em pele, podem vir em pêlo).
Nota: Independentemente do que aqui disse e do ar que atribui à Princesinha, chamo a atenção para a evidente semelhança das fotos e da atitude dos dois “animaizinhos”. Já para não falar no décor. Foram essas semelhanças, aliás, que me deram a ideia para este post.
Passou uma semana e a troca já foi feita