(Dupont & Dupond das “Aventuras de Timtim” de Hergé)
Hugo & Zé
Quem frequenta esta caverna já deve ter reparado na “simpatia” que nutro por esta dupla de prestidigitadores ou equilibristas no arame.
Portanto não podia deixar passar em branco (ainda que com uns dias de atraso) a vinda do Huguito cá à terrinha para cumprimentar o seu grande amigo Zézinho e, no dizer do mesmo artista, vir dar-lhe uma mão (as duas se necessário) neste período difícil.
Difícil para quem, foi coisa que não ficou devidamente esclarecida.
O homem esteve cá umas horas, guiou uma carrinha, “fez uns negócios” de um milhão e meio de Magalhães e de umas 12.000 mil casas a construir lá na terra dele por uma “empresa” da terra do Zé, “viu” dois barquitos que estão em construção, deve ter almoçado e jantado e… ala que se faz tarde, regressou a penates que é como quem diz, lá para a terra dele, onde é tão a(r)mado como o Zé por cá. Pelo meio deve ter vendido uns barris de petróleo bem vendidos que, a meu ver, foi o motivo da viagem.
Verdade, verdadinha que o tipo nem me chateou e eu nem o vi na TV, a visita teve todo o ar de passar despercebida, já não sei quem se sente pior na companhia de quem.
Sendo diferentes em algumas coisas (um tem o bigode retorcido para cima, o outro para baixo) que parecidos eles são e como sabem dizer banalidades, sempre muito certinhos.
Aliás, justiça seja feita aos dois, banalidades é que toda a gente “importante” sabe agora dizer veja-se, por exemplo, um tal Carapau que navega por aqui…
Então para que os trago aqui ao baile?
Primeiro por “simpatia” como comecei por dizer. Segundo porque é a enésima vez que estes “negócios” são apregoados, mas que depois nunca se concretizam. Há uns 4 ou 5 anos que a dança se repete, “ora tu vens cá ora eu vou lá”, que os amigos são para todas as ocasiões.
Já ninguém compra bilhete para ver a festa, já toda a gente deu para este peditório, mas mesmo assim ele repete-se periodicamente.
Eles são tão amigos e iguais que o Hugo podia ficar cá e o Zé podia ir para lá que ninguém notava a diferença. Cá continuaria tudo mal e lá as coisas corriam o risco de piorar, mas isso já era problema do pueblo lá do sítio.
O Hugo só não aceitaria a troca porque ficava aqui mais perto do tipo que um dia lhe disse: “por qué no te callas?”
Por que não se calam os dois pergunto eu, a fechar esta conversa, para me calar também.
Reparo agora que este post é o nº 144. Como em tempos que já lá vão o carapau se vendia à dúzia e 144 são 12 dúzias (uma grosa) fica aqui registada a efeméride em jeito de homenagem aos milhões deles que ao longo do tempo foram passados pelas brasas.