Domingo, 10 de Outubro de 2010

Encher chouriços

                                            

                                        

               (Não utilizei o “encher pneus” para não ser outra vez contactado pelo tipo que os vende novos e usados, como há dias contei).

 

 

 “Carapau! Olha o blog! Arranja qualquer coisa para pores lá senão ainda vão julgar que arrumaste as chuteiras”.

Olhei em volta e não vi ninguém. Quem teria falado assim? Ou teria sonhado e julguei que ouvi e não ouvi. Seria a voz da consciência, que em boa verdade nem sei se tem voz, ou se não passa de uma metáfora ou duma figura de estilo? (Também é verdade que se a consciência tiver voz, para certos seres deve ser um problema viver com tal vozearia).

Assim sem mais nem menos lembrei-me do Hugo de Chaves. Li há pouco que o Zeca de Não Sei Donde o convidou a vir passar uns dias com ele. Aí está um assunto que posso explorar. Acho que fazem um rico par e com a vantagem que, uma vez juntos, impedem a hipótese dos dois pares que poderiam formar com outras pessoas. O que é óptimo para essas duas outras hipotéticas pessoas.

Mas, verdade verdadinha, também já são duas cartas meio fora do baralho, não vale a pena gastar muita saliva com elas.

A salivar fiquei eu quando vi passar a minha vizinha Pescada e ela me revirou os olhos e disse “olá Carapau, até logo”. A salivar e com o coração aos saltos e as guelras a abrir e a fechar à velocidade da luz, ao tomar à letra aquele “até logo”. Que quereria aquilo dizer? Inconscientemente ou não (outra vez a consciência; é já a 2ª vez que aparece neste post) fui “puxar as orelhas” às algas que me servem de cama e fiquei admirado comigo mesmo.

Isto está mesmo a pedir umas navalheiras para ajudar à festa, como se as festas precisassem de ajuda. Às vezes as frases feitas nem ajudam nada …

Nada como fazê-las na hora, à medida das oportunidades. “Não compre feito, faça-o você mesmo” podia ser um bom slogan para uma campanha. Campanha, que campanha? Publicitária, é mais que claro. Não ia agora falar da campanha da Flandres ou da campanha do Roussillon. E de campanhas eleitorais estou eu cheio, ainda que em breve vá gramar pelos menos mais duas. Por falar em gramar, quantos gramas pesará a Pescada?

Assim com aquele bom ar, anafada, roliça, pestanuda, deve pesar para cima dumas tantas.

Releio o que entretanto já escrevi e digo para as minhas barbatanas: “Carapau és capaz de bem melhor”. Mas há dias assim…

 

(Interrupção. A campainha da porta retiniu violentamente. Tenho um pressentimento, o meu coração dispara, maquinalmente aliso as escamas e vou abrir. Já volto).

 

Voltei agora, passadas quase 2 horas. Venho meio derreado. Eram duas testemunhas do Cherne O’ Vaz a tentarem convencer-me a ser também testemunha. Mas eu não vi nada, não sei nada, como posso eu, em consciência (3ª vez) ajudar o Cherne em tribunal? E quem o mandou andar metido naqueles negócios?

Tive agora uma ideia. Vou telefonar-lhe para ele tentar convencer o Hugo e o Zé a serem testemunhas.

Os três faziam uma rica caldeirada!

 

 

 

publicado por Carapaucarapau às 23:43
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6 comentários:
De Maria Araújo a 11 de Outubro de 2010 às 23:05
O Cherne é o nosso amige llá da CE?
Olha, devo andar tão cheia destas pessoas, como tu andas farto de campanhas eleitorais, que nem sei o porquê das testemunhas e do Cherne aqui neste teu post.
O melhor será mesmo esqucer isto, e ragalar-me(nos) com a chouriça com ovos estrelados, que, apesar de me fazer mal ao colesterol, é o que levamos de consolo...à gula.
HUmmmmmmmmmmmmm!


De Carapau a 12 de Outubro de 2010 às 00:34
Este Cherne é outro. Eu aqui não me meto com pessoas. Só com peixes e do alto.
O cherne dá uma belas postas. Eu disse "dá"? Então enganei-me.
:-)


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