Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010

Quadras com histórias

                                      

                        (Soraya, a Princesa dos Olhos Tristes)

 

 

Ainda com os chanatos cheios de pó (lama que a chuva foi muita) do Carnaval e espicaçada a memória por umas poesias que tive o prazer de ler, lembrei-me de umas duas ou três quadras, que servem de pretexto para este post.

Quando em Geografia estudei os vulcões, tomei conhecimento desta quadra:

 

                     O Xá da Pérsia está morto.

                     Morreu com uma indigestão.

                     E o vulcão Popócatepelte*

                     Entrou em erupção.

 

Assim duma assentada fiquei a saber da existência deste vulcão e da Pérsia mais do seu soberano, o Xá.

O último Xá da Pérsia foi Reza Pahlevi que casou em 1951 com a Princesa Soraya com quem viveu 7 anos. Como por mais Xá que ela tomasse não engravidava e como era preciso haver descendência, divorciaram-se em 1958 e o Xá casou um ano depois com um novo borracho, a Farah Diva.

(Isto de soberano casar com borrachos teria a ver com o facto de mais depressa o Xá aquecer, digo eu que não sei destas “infusões”).

Pouco tempo depois nasceu o 1º filho (tiveram quatro, mas de pouco lhe valeram já que foi deposto mais tarde pelo regime dos ayatollahs) e o Xá resolveu baixar os impostos como forma de comemorar o nascimento.

Mais tarde nasceu o 2º filho e voltou a baixar os impostos.

Diz quem sabe, que por essa altura, passou a circular em Portugal esta quadra:

                  A gaita do Xá da Pérsia

                  Faz os impostos baixar.

                  Ora gaita p’rá inércia

                  Da gaita do Salazar.

 

                                               -o-

 

Talvez pela mesma altura, talvez mais tarde, havia na Emissora Nacional (EN) duas funcionárias dos serviços administrativos que gostavam uma da outra. E gostavam daquela maneira que hoje as levaria ao casamento e a serem sócias da ILGA.

O maestro Belo Marques que era funcionário da EN e sabia do caso, como aliás toda a gente da Emissora, e que além de maestro era brincalhão, deixou-lhes um dia em cima das secretárias esta quadra:

 

                      Que horror, que depravação!

                      Como podem gostar disso?

                      Comer pão só com pão,

                      Quando é tão bom com chouriço!

 

                                                    -o-

 

Em História, quando estudei a Grécia Antiga, tomei conhecimento com a Helena de Tróia, outro borracho que meio mundo catrapiscava. Casou com Menelau, mas mais tarde fugiu com Páris para Tróia e começa a sarrafusca com todos à porrada e que vem dar origem à guerra de Tróia e à história do cavalo de madeira. Páris morre e eu aprendi esta quadra:

 

                        Oh! Helena ingrata e tola,

                        Deste cabo de mais um!

                        Helena, dá-me a pistola! **

                        Adeus Helena. Pum! Pum!

 

 

* Trata-se do vulcão Popocatépetl, no México.

** A pistola só veio a ser inventada séculos depois, portanto trata-se duma liberdade poética.

 

publicado por Carapaucarapau às 18:17
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35 comentários:
De Carapau a 23 de Fevereiro de 2010 às 14:05
Asneira nunca será
Correr ao encontro do pau *****
Pois muita sorte terá
Se o encontro não for mau.

*****pau por Carapau por causa da métrica :-)
Daí as 5*.
Obgdo pela visita e volta sempre a esta humilde caverna "Menina do rio".



De MeninaDoRio a 23 de Fevereiro de 2010 às 15:06

Na tua humilde caverna
Fui recebida muito bem
Não mordeste nenhuma perna
Sempre cavalheiro como convém




De Carapau a 24 de Fevereiro de 2010 às 14:36
Olá MeninadoRio!

Não mordo qualquer canela,
Carapau não gosta d'osso.
Quando aqui passa uma "Caravela"
Trato-a o melhor que posso.

E agora passa à frente,
Que já há novos posts (*).
Pode ser que de repente
Apareçam sapatos de que gostes.

(*) Na realidade é só mais um post. O plural é por causa da rima.


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