Juan Carlos (JC), rei de Espanha esteve em visita particular à ilha da Madeira.
Não tenho conhecimento de nenhuma notícia interessante sobre o caso, nem sei se teve algum contacto com as autoridades da região, mormente com presidente lá da ilha, o Alberto João (AJ). É natural que pelo menos tenha havido um encontro para cumprimentos mais ou menos formais e que, eventualmente tenha havido um qualquer almoço mais ou menos informal.
A ter havido tal almoço, bem se poderia ter-se produzido o seguinte diálogo:
AJ: - Vai más una copa Maguestá?
JC: - Um pouco mais, obrigado.
AJ: - Entonces lá por Espãnia como vai la crisis?
JC: - Como por todo o mundo: vamos andando à espera que passe.
AJ: - Pois…pués aqui no hay crisis ni nunca la houve…hay havido…
JC: - Não me diga Presidente. Isso é um milagre…
AJ: - Não…no digo tanto, pero que aquí es como uno paraíso, uno eden, entiende Vuestra Maguestá?
JC: - Sim. Só não entendo como o senhor Presidente consegue isso?
AJ: - Ora Maguestá! Eu… ió soi uno grande admnistrador e después los
JC: - Ah! Então o Fidel manda dinheiro para cá? Agora nem é o Fidel, já é o Raul.
AJ: - Qual Fidel, qual Raul?
JC: - Os cubanos. Não são esses?
AJ: - (Fazendo um sinal ao Ambrósio para pôr mais vinho no copo). Ah! Ah! Ah! Os meus cubanos, pardon, los mios cubanos son los trougas del contnente.
JC: - Trougas? Não entendo.
AJ: - Si, si, trougas…trouxas.
JC: - Ah ! Trouxas.
AJ: - Esso mismo. Los del contnente solo sirven mismo para pagar las cuentas. Sono todos una cambada…
JC: - Mas olhe que lá em Espanha todos consideramos o Belmiro um grande empresário.
AJ: - (Fazendo outra vez sinal ao Ambrósio). Esso Belmiro non lo conosco. No sei quien és ele.
JC: - Belmiro de Azevedo o dono dos supermercados Continente.
AJ: - Ah! Ah! Ó pá, non é desse contnente qui istou falando, hic, hablando. Ah! Ah!
JC. – Agora entendi. Tenho lá bons amigos, em Portugal. Vivi alguns anos em Cascais…
AJ: - Pués nem mi aliembrava. También és un de los deles. És amigo de lo señor Silva, luego vi.
JC. – É verdade sim. Era o jardineiro da moradia de Cascais. Aprendi a cortar a relva com ele.
AJ: - (Voltando a fazer outro gesto para o Ambrósio). No es a esse Silva qui io me quiero referir. Es ao senhor Silva de la presidência…
JC: - Ah! Ao vosso Presidente!
AJ: - Ao presidente de los cubano quieres tu dicir… No me lo digas que también conosques ao señor Pinto de Sousa?
JC: - Ao vosso 1º Ministro? Sim conheço-o, mas só dos contactos oficiais, quando vai reunir-se com Zapatero…
AJ: - Olha! Oitro que tal. También daba um bom cubano.
JC: - Isso, eu não sei. Só sei que é o nosso 1º ministro…
AJ: - Pués, pués sono todos harina de lo mismo saco.
JC: - Não entendo este vosso dialecto aqui da ilha. É bem difícil de entender.
AJ: - Dialecto? Que dialecto?
JC: - Esse que o senhor Presidente tem estado a falar comigo.
AJ: - (Chamando uma vez mais o Ambrósio). Pero, conho, tiengo estado a hablar español, castellano contigo, hic, pá.
JC: - Ah! Desculpe, não tinha percebido. Mas então "por qué no te callas?
………
A verdade é que se calou, porque inesperadamente AJ caiu da cadeira.