- Por aqui hoje?
- Que tens tu a ver com isso, Sapo Zarolho? Venho quando quero, não mandas em mim.
- Só fico admirado. Depois de uma tão longa ausência até já julgava que…
- Não julgues. Come e cala-te. Até à próxima.
- Não te zangues!
-Vai à fava!
A razão principal deste post tem exatamente a ver com a “conversa” inicial com o sapo, que parece que é o dono desta treta.
Como estava há quase um ano sem abrir a janela, encontrei isto tudo cheio de pó e com teias de aranha e admiti que o Sapolas resolvesse fechar-me o quiosque, o que seria uma perda (eu disse perda) de lesa humanidade ou coisa ainda pior.
Mas já que vim e abri as janelas e arejei a casa, cumprindo assim a razão primeira desta visita, ficaria mal que não deixasse meia dúzia de palavras para atestar que não sou um robot e que ainda por cá ando. “Cá” quer dizer “por aqui”.
E como sou bom (pelo menos era bom) a encher chouriços, convém fazer aqui pelo menos meia dúzia deles, para que não se possa dizer “quem te viu e quem te vê”!
Acho que estou mais gordo, coisa para encher o olho a qualquer arrastão, ainda que me pareça que estou a ficar mais chato, assim tipo linguado, o que faz com que não bata a bota com a perdigota, salvo na rima. Deve haver um qualquer desfasamento entre sentidos… e entre balanças…
Assim sendo e cumprido o essencial desta missão e como estamos próximos de fazer mais um risco na parede da vida, fico-me por aqui.
Se por acaso alguém resolver meter o bico nesta casa semiabandonada, deixo os votos de um feliz Natal e um bom Ano Novo.
E desta vez nem meto conversa com o lince, nem sei se ele ainda existe, pois para animal já me bastou o sapo.