Quinta-feira, 30 de Abril de 2015

O edredão

Há dias fui testemunha de uma conversa sobre o edredão. Falavam sobre a qualidade, os de penas e os outros, uns melhores outros piores, etc. etc. Isso fez-me lembrar o meu primeiro contacto com um edredão, já lá vão uns bons anos (mais corretamente uns anos bons e outros menos bons, mas não é isso que interessa para o caso).

Já agora e para que este blog preste mais um serviço público, convém dizer que edredão é um galicismo e até é bem mais chic aplicar o francês “edredon”. A palavra parece ter origem no sueco, onde se diz “eiderdun”, ou seja “penugem de êider”, sendo êider uma espécie de ganso.

Dada esta explicação, sem qual este post não acrescentava nada, vamos lá à minha história.

Como eu disse ali acima, “naquele tempo” tive de fazer uma viagem ao centro da Europa, aproveitando a boleia de um amigo e ao mesmo tempo fazendo-lhe companhia. Ele namorava uma alemã, que viveu alguns anos em Portugal e que naquela altura estava a trabalhar na Alemanha e ele ia lá para se casarem. O casório seria dali a uma ou duas semanas e ele ia uns dias antes para tratar dos pormenores. A família e os convidados iriam mais tarde. Ele convidou-me, eu não podia assistir à boda mas aproveitei a boleia para ir até à Suiça tratar dum assunto. Viagem feita num velho Wolkswagen já velhinho (membro da velha família dos “Carochas”). Peripécias durante a viagem não faltaram, mas não por culpa do carro, que se portou na linha.

Quando chegamos à Suiça, onde ficamos uma noite, cheguei à conclusão que teria de ficar 2 ou 3 dias sem programa, porque a pessoa a quem eu ia “dirigido” estava de urgência no hospital onde trabalhava. Então o meu amigo a quem dava jeito a minha companhia, desafiou-me a ir com ele até Munique, ficava lá esses 2 dias e voltava de comboio para Lausana. Dito e feito, no dia seguinte metemos o “Carocha” ao caminho. Correu tudo bem, lá chegados a noiva esperávamo-nos ansiosamente (entenda-se: o “ansiosamente” era só para o noivo…) e até já nos tinha arranjado alojamento numa casa particular (nos arredores da cidade).

E estamos chegados ao momento “M” da minha história, pois o momento “M” do meu amigo foi outro.

Eu e o noivo íamos ficar no mesmo quarto, ainda que em camas separadas. Quando me meti na cama e senti “em cima de mim” o peso pluma do edredão de plumas (e é altura de confessar a minha “qualidade” de friorento, que exigia uns 20 kg de cobertores na cama para me sentir quentinho) fiquei aterrorizado. Como me iria aguentar e passar a noite com aquele “não-peso” em cima?

Foi então que resolvi transmitir ao meu companheiro as dúvidas que me atormentavam sobre se iria aguentar a noite assim (o tempo ainda estava fresco). E acrescentei… para não se admirar se às tantas eu lhe saltasse para a cama e me agarrasse bem a ele, para aquecer.

Ele deve ter dito qualquer coisa como “tem juízo vê lá no que te metes…” e acrescentou “vais ver que daqui a pouco estás bem quente. O edredão de penas é um forno”. (Claro que ele já sabia coisas sobre o edredão. Sabia coisas sobre e sob, sendo que neste caso o “sob” era o mais importante).

Lá me encolhi a ruminar as minhas dúvidas, adormeci e acordei a meio da noite a transpirar.

Foi a partir daí que começou o meu idílio com qualquer edredão com quem já me tenha deitado.

Com este, na Alemanha, foram só duas noites. Mas lá diz o velho ditado popular “não há amor como o primeiro”.

Em conclusão: o meu amigo casou dali a dias e eu “ajuntei-me” a um edredão.

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

E tu caro Lince por onde andas? Deram-te algum edredão para passares as noites, aí pelo meio do descampado? Ou já regressaste à base?        

publicado por Carapaucarapau às 15:04
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Quinta-feira, 23 de Abril de 2015

Cravina

                 

Siga a Roda- S. Cravina 001.jpg

 

Andando eu à procura de um certo livro (hoje é Dia do Livro), de que não sei o título nem o autor, aqui na minha “organizada biblioteca”, deparo com um outro intitulado “Siga a roda” de um autor chamado Santos Cravina. Perante o meu espanto e ignorância (espanto por não saber que era dono do livro, ignorância por não saber quem era o autor), pedi ajuda ao Dr. Google, que não me apresentou as “armas de S. Francisco”, porque não deve saber o que isso é, mas também não me disse nada sobre este autor, para além duma lista bastante razoável de obras dele.

Este livro que aqui tenho (de que mostro a capa), tem na 1ª página um carimbo “Oferta do Autor” e lá pelo meio encontrei uma ficha que reza assim:

 

“CRAVINA (Santos) – SIGA A RODA - segunda edição revista e ampliada – Livro da colecção Romarias de Portugal Por … Coimbra 1949 de 19x14 de 113 págs.Br. Exemplar com capa de brochura ilustrada…”

 

E mais não diz. Tudo leva a crer que devo ter comprado isto numa feira qualquer ou num alfarrabista, mas não faço a mínima ideia.

Como estava a precisar de escrever o post semanal, aproveitei este acaso e aqui vão, com as devidas vénias ao autor Cravina (suponho que neste caso só fez a recolha das quadras) e aos autores “populares”, umas tantas quadras retiradas da obra (no livro elas aparecem agrupadas pelas diversas províncias e assim vai uma de cada província para ninguém ficar a chorar). Aqui ficam:

 

Minho: (Trova dos maridos aos centos)

Ao santo casamenteiro,

Fazes centos de pedidos!

Olha que o Santo é brejeiro,

Dá-te centos de maridos.

 

Trás-os-Montes (Trova do amor de mãe)

Mãe! Os teus alvos cabelos

- são as linhas de bordar,

com que bordas os desvelos

que só tu…me sabes dar…

 

Douro Litoral (Trova do paleio amoroso)

Quem do amor diz o que sente

A si se engana primeiro;

Pois que o amor sempre mente

Até mesmo o verdadeiro!

 

Alto Douro (Trova do teu coração)

Meu coração vou mandar-te,

Por meu ser, mas também teu;

Decerto hei-de assim provar-te

Que ele é mais teu do que meu.

 

Beira Litoral (Trova do mendigo de amor)

Hei-de um dia desligar

Meu olhar da tua vista.

De que serve mendigar

Teu amor, minha egoísta?!

 

Beira Alta (Trova das meninas vaidosas)

Hoje, as meninas bem postas

Que a cada instante topamos,

Se as olhamos voltam as costas,

E olham se as costas voltamos.

 

Beira Baixa (Romaria da Senhora da Confiança)

Ó de Pedrógão Pequeno

Senhora da Confiança

Dá-me amor grande e sereno

Mais um lar com abastança.

 

Estremadura (Trova do nosso olvido)

Embora nada me peças

Só uma coisa eu te peço!

Que por esmola me esqueças,

Para ver se assim te esqueço.

 

Ribatejo (trova das ilusões vitais)

Tanta ilusão já perdida!...

E a vida sempre a correr.

- Ter ilusões … é ter vida,

mas perde-las é morrer.

 

Alto Alentejo (Trova da ressurreição do amor)

Eu quisera já morrer

E depois ressuscitar…

Simplesmente para ter

Outra vida p’ra de dar!

 

Baixo Alentejo (Trova das más línguas)

As pessoas de má fama,

Melhor sabem difamar…

Gosta a lama de dar lama,

Por ter lama, até p’ra dar.

 

Algarve (Trova das modas antigas)

Siga a roda! Siga a roda,

Rapazes… e raparigas!

Que há usos velhos em moda

E há modas que são antigas.

 

Aqui fica esta amostra de umas 150 quadras que o livrinho tem.

 

Hoje o Lince não mete aqui o dente, porque se respeitou a grafia do livro.

Como alguma quadra podia estar envenenada, lá ia ele ter com a companheira (ex-).

 

            

 

 

 

 

publicado por Carapaucarapau às 15:25
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Quinta-feira, 16 de Abril de 2015

Feiras

      Feira cigana 001.jpg

Não faço a mínima ideia de quantas feiras se fazem por esse mundo fora. Locais, regionais, nacionais, mundiais, na esquina, no parque, no jardim, na “Ladra”, aqui, ali, acolá e mais além. Feiras especializadas: do chocolate às grandes máquinas industriais, do livro ao petisco, do cavalo ao queijo, da serra à planície, dos desportos de inverno às férias, disto e daquilo. Umas importantes, outras importantíssimas, outras nem tanto, outras nada e ainda outras…coisa nenhuma.

E que tal se eu “arranjasse” uma feira de noivas? Bonitas, menos bonitas, altas, baixas, gordas, trinca-espinhas, morenas, loiras, de olhos azuis, castanho, preto asa de corvo, coxa grossa, coxa fina, lábios carnudos, quase sem lábios, todas com bastante lábia, sorridentes, sorrisemdentes…enfim para todos os gostos, mas sem degustação, como se faz p.ex. nas feiras dos queijos.

Pois quem estiver interessado terá de dar um salto à Bulgária, à cidade de Plovdiv (fica a uns 120 km da capital Sófia). É aí que “durante o jejum ortodoxo da Páscoa” as famílias ciganas vendem as suas filhas casadoiras, desde que o preço lhes agrade. As informações que recebi dizem que uma noiva “pode” custar vários milhares de “aérius”.

Até parece que estou a ouvir os possíveis diálogos:

- O Tiazinha, quanto quer pela franga?

- Oh freguês, isto nem tem preço. Chicha de 1ª, selo de certificação de qualidade, garantia de dois anos, as peças todas novas e no sítio, estou a pedir 100 mil por ela.

- Valha-me Deus, Tiazinha. Por esse preço comprava eu duas ali atrás e ainda levava o cavalo e a carroça. Nem pense nisso.

- Oh freguês quer comparar este exemplar com aquelas desdentadas e de perna torta? Uma até é vesga! Apalpe lá este material. Olhe que isto foi feito com todos os preceitos, não se roubou nem no material nem na mão de obra. Foi mesmo um bico de obra arranjar um molde destes…

- Posso-lhe ver os dentes?

- Claro que pode. Oh rapariga arreganha aí a tacha para o senhor ver o esmalte. Isso! Está o senhor a ver esta brancura, este alinhamento…

- Estou a ver é que já tem os dentes muito gastos para a idade que aqui está no folheto. Tem pelo menos o dobro dos 16 anos que aqui estão…

- Oh freguês nem me diga uma coisa dessas que até me ofende! Isto é uma bezerrinha quase acabada de desmamar…

- Deve ser deve…

- Olhe freguês, por ser para si que me parece uma boa rês, vendo-lha por 80 mil e não se fala mais nisso, mas não diga que vai daqui…

- 10 mil e primeiro tenho de ir ali dar uma volta com ela a ver se se ajeita.

- Ah freguês! Tá a mangar comigo? Por esse preço só compra peças em 3ª ou 4ª mão e não nesta feira. Tem de ir à feira da Ladra e então o melhor é alugar em vez de comprar…

- Oh Tiazinha, mas o que eu queria era mesmo uma peça só para mim, para poder pôr a render. Coisa apresentável que me tomasse conta da barraca de pronto a vestir e a quem eu pudesse confiar o negócio.

- Não tenha dúvida. Não arranja melhor em toda a feira. Este exemplar vende que se farta. Eu até devia ficar com ela para me ajudar, mas temos de dar oportunidade à juventude, por isso a pus aqui na feira, à venda.

- Oh Tiazinha, não leve a mal, mas vou dar uma volta a ver se arranjo mais barato. Aquele problema dos dentes, sabe…achei-os já muito gastos…

 

E o diálogo podia ir por aí fora, entrando inclusivamente por “mares nunca dantes navegados…”

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.    

Olha lá Lince: já alguma vez foste a uma feira para comprar uma noiva?  

 

publicado por Carapaucarapau às 15:49
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Quinta-feira, 9 de Abril de 2015

DIB ou "O beijo"

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O beijo de Gustav Klimt

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O beijo de Rodin

O que vem a ser o DIB? Nada mais nada menos que o Dia Internacional do Beijo. Ocorre no próximo dia 13 deste mês. Daí que este post seja como que um alerta para que as pessoas se vão preparando…

Sim, se duma maneira geral somos todos contra alguns “Dias Mundiais”, (veja-se o que se passou há dias a propósito do DI da Mulher) porque todos os dias deviam ser Dias, a verdade é com o DIB isso não se passa, isto é, todos os dias são DIB e nem as noites escapam. DIBAR até bem poderia ser sinónimo de beijar.

Tentei saber mais sobre o assunto e pedi ajuda ao Dr. Google que me forneceu tanta informação que quase perdi a respiração.

Entre tantas coisas, diz o “Dr” que se podem dar beijos na testa, na face, na ponta dos dedos, mais aqui, ali e acolá e mesmo na boca. Neste último caso (informação Carapau) não de deve comer alho (convém soletrar esta última informação).

Há o beija mão real e o beija pés papal. Há o beijo tímido que mal aflora os lábios do/a parceiro/a e o que manda a língua por ali dentro como toupeira exploradora de esófagos. Diz o “Dr”, que é o chamado “linguado”. Para mim, linguado é o meu vizinho ali do lado, que se esconde na areia. Já lhe fiz uma pergunta e mandou-me aquela parte.

Na net há milhões de blogs e sites sobre o beijo e os beijos. Benefícios e inconvenientes. Dos parados aos itinerantes, dos superficiais aos profundos.

Acho que foi o Pitigrilli (Dino Segre de seu nome (1893-1975), que pouca gente hoje conhece) que disse que o beijo é uma troca de micróbios em meio húmido. Se não foi ele foi outro parecido, que a minha memória já não é o que era, deve ser por falta de beijos, pois dizem os entendidos, o beijo estimula a memória…

Do primeiro beijo ninguém se esquece e do último ninguém se lembra…

E nem ao diabo lembraria escrever este post, assim tão pacatamente, sobre um tema que tanto pode ser calmo (beijo na testa) como estimulante (beijo han… han… han…).

Foi aliás ele que deve ter insinuado o beijo de Judas, enquanto ainda há almas que fogem dele (do beijo) como o diabo foge da cruz.

Há beijos artísticos (muitos) mas lá no cimo apresentei dois para dar um ar intelectual ao assunto. Há beijos célebres no cinema, na literatura e em outras formas de arte, como na “Arte de Beijar”.

Dia a não esquecer, o próximo 13 de abril (beijos mil).

“Cruzes credo canhoto”… se eu desenvolvesse o tema, nunca mais acabava e este beijo está de bom tamanho, pode terminar aqui.

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

E tu, amigo Lince, que tens a dizer sobre o tema? Agora, que a companheira se finou, já beijaste alguma gata?        

publicado por Carapaucarapau às 14:26
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Quinta-feira, 2 de Abril de 2015

Uma história aciganada

São conhecidas as histórias das trocas e baldrocas dos ciganos. Há um conto do João Guimarães Rosa com uma história de troca de cavalos com um cigano que vale a pena conhecer. Aqui na minha zona moram meia dúzia de famílias e eu dava-me bem com alguns deles. Em geral encontravam-me a dar a minha volta noturna a pé, cumprimentavam-me e perguntavam-me quantas voltas dava eu. Eles continuavam sentados nos bancos do jardim a beber as suas “minis”, a fumar o seu cigarro e a falarem. Por causa das “minis”, dos cigarros ou da idade, já morreram. Ficaram as viúvas que, quando me veem me cumprimentam (e eu a elas, claro). Quando era miúdo recordo-me de uma família de ciganos que, durante meses ou até anos, “ancorou” na minha aldeia. Tinham miúdos da minha idade e brincávamos todos bem. Aprendi algumas coisas com eles.

A grande maioria, sobretudo os que já deixaram de ser nómadas, dedicam-se à venda ambulante. Nas feiras, são os reis e senhores das barracas onde se vende tudo. “São 3 por 5 aérius, não há nada mais barato, oh fregueses”.

Nunca tinha feito nenhum negócio com nenhum deles, até que há não uns 3 anos, ao passar por uma dessas feiras semanais que há lá para as minhas bandas natais, fui abordado por uma vendedora que me gritou as maravilhas dumas camisolas das tais “tudo a 2 aérius”. Sorri a dizer que não queria, mas vi uma cesta de palhinha que me dava um certo jeito para pôr a fruta que ia comprar e perguntei se também era para vender. Respondeu-me “aqui tudo se vende ó freguês, são 4 aérius” é uma maravilha de cesta. Negócio feito, pedi-lhe para retirar os papéis e plásticos que enchiam a cesta e ela naquela voz gritada disse-me que ali à esquina havia um “ecoponto” para eu lá despejar a papelada, não podia ficar ali com o lixo senão voava todo com o vento. Encolhi os ombros, paguei , agarrei na cesta e fui direito ao “ecoponto” onde comecei a despejar os papeis e os plásticos. Por debaixo daquele lixo apareceram-me 6 chapéus de aba, novos, daqueles que em geral se usam na praia, para proteger do sol. A cigana esqueceu-se que por debaixo do lixo estavam os chapéus. O meu impulso foi ir devolvê-los. Mas havia jornais por debaixo dos chapéus. Puxei pelos jornais para os colocar no contentor e oh maravilha das maravilhas! Por debaixo estava o fundo da cesta, todo roto. Os jornais estavam a tapar o enorme buraco da cesta e a “simpática” cigana enfiou-me o barrete. Ou melhor ela “enfiou-me o barrete” e eu “enfiei-lhe os 6 chapéus” que levei para casa. Contas feitas ficaram a uns 80 cêntimos cada um, para além do enorme gozo de ter ajudado a cigana a auto-enganar-se. Foi aí que me lembrei do conto do Guimarães Rosa e da troca dos cavalos.

Distribui-os pela família e atirei a cesta para o lixo.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.  

Também a ti, caro Lince, te “enfiaram o barrete”, ao soltarem-te aí no meio do mato. Logo a ti que estavas habituado ao bem bom de não fazer nada. Como vão as coisas? Não tenho recebido notícias…  

publicado por Carapaucarapau às 15:44
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