Quinta-feira, 30 de Dezembro de 2010

Balanço

                        

                                      

                   (Também para andar de baloiço o balanço é importante)

 

- Olá! Que fazes aqui?

- O balanço.

- Que balanço?

- O meu.

- Qual teu?

- O meu, só tenho um.

- Só tens um, o quê?

- Um balanço. Este que estou a fazer.

- Se estás a fazer, quer dizer que ainda não está feito e portanto ainda não tens nenhum.

- Nem eu seria capaz de ser assim tão rigoroso…

- Estás a gozar?

- Eu? Então achas que fazer um balanço dá gozo?

- Se estás a gozar comigo, era a pergunta.

- Mau gosto teria eu…

- Mau!

- Mau, sim. Não creio que fosse de bom gosto...

- Vai gozar o Camões!

- Ora…logo esse?

- Mudando de tema: afinal que estás a fazer?

- Grande mudança, sim senhor! Vou responder-te com toda a calma e vagar para ver se entendes: es tou a fa zer o ba lan ço.

- Gaita!

- Gaita?

- Sim, gaita para ti, para o balanço e para a tua conversa. O que eu queria saber é que raio de balanço é esse e para que serve?

- Ah! Podias ter perguntado logo assim no início da conversa. Até que enfim nos entendemos. Então vou responder-te: o balanço que estou a fazer é o meu balanço. Entendido?

- Mas para que serve isso?

- Para nada. Só para eu fazer o balanço.

- ???

- ???

- Já almoçaste?

- Ainda não.

- Então é isso: o teu mal é fome. Vai almoçar e depois falamos.

- Só vou depois de tomar balanço.

- Estás a fazer um balanço para tomar balanço para ires almoçar?

- Finalmente! Agora sim, pareces um Einstein ao chegares a essa conclusão. É isso mesmo!

 

Ele então olhou para mim, abriu a boca e tornou a fechá-la, deu meia volta e foi embora e, já de costas, resmungou qualquer coisa sobre um lugar para onde eu devia ir e eu encolhi os ombros e comecei a tomar balanço…

 

No fim do ano é sempre bom fazer o balanço do que foram os últimos 365 dias e foi o que eu aqui quis fazer. O meu amigo interrompeu-me com aquelas perguntas e agora está na hora do meu almoço.

 

Para todos um bom 2011!

 

 

publicado por Carapaucarapau às 14:15
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Quinta-feira, 23 de Dezembro de 2010

O presépio

                                         

 

   O homem dirigiu-se a um armário, retirou uma caixa de papelão e trouxe-a para o hall de entrada do pequeno apartamento onde vivia.

   Faltavam poucos dias para o Natal e ele achou que era altura para fazer o presépio. Preparou um pequeno espaço num móvel que aí havia para poder dispor as figuras. Olhou para dentro da caixa e a primeira figura que tirou foi um soldadinho de chumbo bastante maltratado e sem uma boa parte da pintura. O homem encontrara-o há uns anos na rua. Fez-lhe lembrar um soldado dos exércitos de Napoleão e, considerando o estado em que se encontrava, baptizou-o logo de “Waterloo”.

   Desde esse ano, “Waterloo” também entrava nesta operação de montar o presépio. Não que o integrasse, mas tinha direito a sair da caixa e a ficar também em cima do móvel suficientemente afastado para não pertencer à cena, mas perto o bastante para a mirar ou mesmo a proteger.

   Todas as restantes figuras também tinham a sua história e levaram uns anos a reunirem-se na caixa onde o homem as guardava. Eram desirmanadas, umas grandes, outras mais pequenas, não obedecendo a uma escala comum. Mesmo algumas figuras não eram bem as do presépio tradicional. A vaquinha era aqui representada por um possante boi castanho avermelhado e o burro era aqui uma pequena mula quase preta.

   Para o homem isso não tinha importância nenhuma, até porque aquelas figurinhas lhe eram familiares. À medida que as retirava da caixa e as colocava em cima do móvel, ele tratava-as pelo nome. O “Amarelo” fica aqui, a “Carriça” fica do outro lado, o “senhor José” e a “senhora Maria” ficam aqui à frente. E tu, “menino” ficas aqui no meio, bem protegido.

   Em poucos segundos ficou pronto o presépio. 

   Nem gruta, nem estrela, nem manjedoura, nem mais uma figura. Nem musgo. Apenas muita e pura emoção a rodear todo aquele conjunto. E tão pura e tanta que uma lágrima começou a rolar pela face do homem. Também não havia os reis Magos.

   Nessa altura alguém bateu à porta. Ele enxugou a lágrima, deu dois passos e abriu-a.

 

                                                                -o-

Para todos os que habitualmente fequentam esta caverna, para os que já deixaram de a visitar e para outros que possam vir a frequentá-la dedico este pequeno conto com votos de Feliz Natal.

publicado por Carapaucarapau às 00:58
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Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

O sonho

                                    

 

 

 

Ele tinha combinado com um familiar um encontro para tratarem duns assuntos. Reunir-se-iam na moradia que o familiar tem na aldeia donde os dois são naturais, mas onde não vivem no dia-a-dia. Ele chegou primeiro e como tinha a chave do portão, entrou. O outro só chegaria uns 40 minutos mais tarde, como ficou a saber pelo último telefonema.

Entrou no pátio e logo foi assaltado pela cadela Ladina que lhe fazia sempre grandes festas, na esperança de receber uma ou duas bolachas que ele sempre lhe levava. Foi o que uma vez mais aconteceu. Em seguida dirigiu-se para um recanto abrigado onde sabia haver umas espreguiçadeiras. Limpou as folhas de uma delas e deitou-se, estendido ao sol, a ler o jornal que levava.

Era um princípio de tarde de um dia de Inverno, mas com um sol magnífico.

Deu uma vista de olhos pelo jornal e começou a sentir-se confortável a gozar o calor do sol.

Isto e a digestão do almoço começaram a produzir os seus efeitos. Adormeceu e não tardou muito que estivesse a sonhar. Sonho esquisito e confuso.

Fernando Pessoa teria escrito: “Naquele princípio de tarde de Inverno teve um sonho como uma fotografia”. De facto o sonho estava relacionado com uma fotografia que tinha acabado de ver no jornal e que era, nada mais nada menos, a foto do grupo de concorrentes à fase final da Miss Universo. Todas alinhadas, em fato de banho e com os respectivos números à cintura. Só que o sonho não foi tão linear assim. Começou por sonhar que morrera e depois duma série de peripécias viu-se no “céu” rodeado de anjos. Só que os anjos não eram propriamente aqueles anjinhos de asas, assexuados, rechonchudos e loiros. E é nesta altura do sonho que entram as concorrentes a Miss Universo. Eram doze que literalmente o assaltaram, o apaparicaram, que bailavam à sua volta e começaram a acariciá-lo e a  beijá-lo. Estava verdadeiramente no céu. A certa altura, começou mesmo a sentir-se mais lambuzado do que beijado, tantas elas (os “anjos”) eram.

Foi neste momento, que acordou sobressaltado com o bater do portão da entrada.

Era o familiar que tinha acabado de chegar. Ainda meio atordoado só nessa altura reparou que a cadela Ladina continuava a lamber-lhe, insistentemente, a cara.

 

.

 

publicado por Carapaucarapau às 14:48
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Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010

A história se uma avaria

 

                                     O que faz aqui este galo do Picasso, é coisa para se ver mais tarde.

 

 

(... ou uma avaria com história)

 

 

Um curto-circuito na instalação eléctrica do carro, deixou-me parado à entrada duma auto-estrada. Já há dias que se tinha manifestado, mas com mais ou menos dificuldade lá tinha resolvido sempre o problema. Desta vez foi definitivo. Peguei no telemóvel e liguei para o serviço de “assistência em viagem” e passado um quarto de hora o carro foi rebocado para a oficina.

O episódio fez-me lembrar um outro semelhante passado há uns anos com um amigo meu, que ainda hoje o conta com muita graça e juntando sempre mais uma pitada. “Quem conta um conto acrescenta um ponto” e é o que ele faz. Foi assim a história dele:

Um dia teve de se deslocar ao Alentejo para tratar dum assunto e fez a viagem no carro que tinha na altura – um Simca 1000 (marca hoje englobada na PSA Peugeot-Citroen).

Era um carro pequeno com muita genica e o meu amigo era um artista a mover-se pelas ruas e ruelas da cidade. Sou o “rei das vielas” costumava ele dizer.

Estava portanto ele no Alentejo e, lá na vila onde teve de ir, deram-lhe a indicação dum trajecto alternativo, por estradas secundárias que encurtava em muitos quilómetros o regresso a casa, pois era um tempo em que ainda não havia auto-estradas. Aceitou o alvitre e meteu rodas ao caminho. Entretanto a tarde ia caindo rapidamente, o tempo que até aí não tinha estado famoso começou a piorar e de repente viu-se no meio duma tempestade tremenda, com chuvas diluviais. Passado pouco tempo o carro começou a falhar, aos solavancos e acabou por parar. O meu amigo fez umas tantas tentativas para o pôr a funcionar mas não conseguiu. Nem tugia nem mugia. Esperou que passasse alguém para pedir uma boleia para a povoação mais próxima, que ficava a uns 10 ou 12 km, mas nem viva alma por ali passava. É altura de dizer que naquele tempo ainda não havia telemóveis e portanto o contacto com alguém a partir do local era impossível. Só na aldeia ou vila mais próximas teria acesso ao telefone, para poder ligar para o Automóvel Clube de Portugal, de que o meu amigo era sócio, para o poderem socorrer enviando um pronto-socorro. Desesperou. Passadas umas 2 horas, já era noite e então a tempestade amainou e a chuva parou. Saiu do carro, olhou em volta e conseguiu vislumbrar lá muito longe uma luz no meio da charneca. Resolveu pôr pés ao caminho em direcção à luz que para ele era como que a estrela do norte a guiar-lhe os passos. Depois duma longa caminhada chegou a um pequeno monte alentejano, constituído só por uma casa e alguns anexos. Bateu à porta. Veio atendê-lo uma mulher “quarentas e tantos” como ele costuma dizer, bem parecida e com ar despachado. Contou a sua história, começando por invocar a sua qualidade de sócio do Automóvel Clube de Portugal que lhe resolveria o problema, só que precisava de comunicar com eles. O que ele pretendia era ver da possibilidade de alguém o poder levar à vila para fazer o telefonema salvador.

A senhora ouviu a história, disse-lhe que não tinha transporte para lhe oferecer, mas que tinha telefone que ele podia utilizar. O meu amigo nem queria acreditar que ali no meio do deserto houvesse telefone. Entrou, a senhora indicou-lhe o aparelho que ficava no corredor e ele discou o número do ACP. Mas nem um ruído ouviu. Tentou outra e outra vez com o mesmo resultado. A senhora disse-lhe que com a tempestade certamente teria caído a linha telefónica e assim sendo talvez nem no dia seguinte teria o telefone a funcionar. O meu amigo ficou desanimado sem saber o que fazer. A senhora deu-lhe uma sugestão: “mantenha-se calmo, ofereço-lhe jantar e dormida, amanhã de manhã se o telefone já funcionar o senhor resolve o seu assunto, se não funcionar o senhor toma a camioneta da carreira que passa lá em baixo na estrada por volta das 9 horas e vai à vila tratar da sua vida”. Não havia outra coisa a fazer. Ele agradeceu muito, ficava incomodado por vir incomodar toda a gente, mas parecia-lhe a única saída. “Calcule a Senhora isto: sou sócio do ACP há uns anos e nunca tive necessidade de me socorrer dos serviços de desempanagem e agora que precisava, acontece que não os posso contactar”. Isto dizia o meu amigo sublinhando várias vezes o facto de ser sócio do Automóvel Clube de Portugal.

Chegou a hora de ir para a mesa. Com grande espanto do meu amigo só havia talheres para duas pessoas: para ele e para a sua hospedeira de ocasião. Fez reparo. Ela respondeu que vivia sozinha há uns anos e que estava assim muito bem. Tinha uma pequena herdade de que tomava conta e uma vida calma e desafogada. Durante o jantar falaram disto e daquilo, cada qual contou o que fazia, como vivia, do que gostava e não gostava, enfim uma conversa de ocasião entre duas pessoas que se desconhecem.

“Amanhã oxalá o telefone já funcione para me pôr em contacto com o ACP” disse o meu amigo pela última vez, quando se despediu para se ir deitar.

Foi uma noite longa, conta ele. Adormeceu, acordou e voltou a adormecer, sonhou que estava num deserto, que tentava falar com o ACP mas eles não o ouviam, enfim…um pesadelo.

Levantou-se cedo. Avançou para o telefone mas hesitou, pois ele ficava no corredor perto da porta do quanto da senhora dona da casa. Não quis fazer barulho e foi em bicos de pés até à porta da rua. Saiu. Lá fora estava um dia lindo, a bonança tinha mesmo vindo depois da tempestade. Deu uma volta pelo pátio, pelas instalações agrícolas e parou em frente à capoeira a olhar para os animais. Galinhas, galos, patos, até um par de perus havia. Ficou parado e lembrou-se da sua infância e da casa dos avós. Tão absorto estava que nem deu conta da senhora que chegou junto a ele e lhe perguntou se tinha dormido bem. “Lindamente” respondeu ele, mentindo. “Mas acordei cedo e resolvi vir apanhar um pouco de ar antes de tentar ver se o telefone já funciona para ligar para o ACP. Entretanto estava a apreciar o seu galinheiro e estou intrigado com uma coisa”.

“Ai sim? Diga lá o que o intriga”. “Quando eu era miúdo costumava passar parte das minhas férias em casa dos meus avós, lá para o norte. Lembro-me que na capoeira da minha avó só havia um galo e muitas galinhas. Agora reparo que aqui há quase tantos galos como galinhas e era nessa diferença que eu estava a pensar”. A senhora olhou para ele, sorriu e respondeu-lhe assim: “Aqui também se passa mesmo. Galo, galo é só aquele, ali ao fundo junto à rede, com a grande crista. Os outros são todos sócios do Automóvel Clube de Portugal”.

E, sempre que conta este episódio, o meu amigo solta uma sonora gargalhada!

 

publicado por Carapaucarapau às 18:08
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Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2010

Fardas

Como os restaurantes que têm um placard à porta a dizer “Hoje há tripas”, ou “Hoje há rojões”, ou “Hoje há caras de bacalhau”, ou “Hoje há jaquinzinhos fritos com arroz de tomate”, ou …

… aqui, hoje, há um post com duas partes e com a colaboração (roubada) de um anónimo.

 

                                                                                                     

 

 

1- Fardas

Cruzo-me quase todos os dias, à hora do almoço, com uns grupos de “executivos”. “Executivos” é como eles se intitulam. “Sou um executivo da empresa Xis”. Não sei o que executam, se executam mesmo, ou se o fazem mal ou bem. Pouco interessa para o caso. Não interessa mesmo nada, que como sabem é ainda menos que pouco. Vêm todos fardados. A farda é a mesma, sejam eles da empresa Xis, da Ypsilon ou mesmo da Zê. Fatinho cinzento-escuro, bem escuro, quase preto, azul-escuro muito escuro e preto, quase cinzento-escuro. A farda compra-se nas lojas que vendem fardas. A camisa é branca, às vezes azul, a gravata é a da moda para fardas, em geral de uma só cor: azul-bebé, verde ervilha, roxa, mesmo sem ser na semana santa, rosa, ó rosa arredonda a saia, por aí…

Se um dia eu encontrar um “executivo” com um casaco aos quadrados, ou liso mas castanho, verde ou azul darei aqui sinal ao mundo. Só que um “executivo” vestido assim, destoava do “rebanho” e até era capaz de ser competente mas não era “dos nossos”. Para estar sentado a uma secretária em frente dum computador (a jogar o quê?) ou a fazer uns telefonemas, não há nada como um fatinho completo cinzento muito escuro, quase preto, etc. etc. etc.

Falei de “executivos”, mas também há “executivas”. Também usam fardas próprias para “executivas”, quase iguais às dos seus colegas masculinos, mas sem gravata.

Por mim prefiro ver** uma “executiva” sem farda a um “executivo”, mas estando ambos fardados, venha o zarapelho e escolha.

 

** Ver - (do latim videre), v. tr.  conhecer ou perceber pelo sentido da vista; contemplar; assistir; presenciar; olhar para; ser testemunha de; examinar; observar; apreciar; notar; ponderar; deduzir; antever; distinguir; enxergar; calcular; avaliar; visitar; tomar cuidado em; experimentar; prestar atenção; conhecer.

 

Por aqui se pode VER a riqueza da língua de Camões e também se pode ficar a fazer uma ideia do que eu quis dizer quando escrevi aquela palavrinha “ver”.

 

 

                                             

                         

2- “Colaboração” de um anónimo.

 

Trata-se de um comentário feito a um artigo num Jornal de Economia, que versava (o artigo) a conversa da actualidade: a crise, a nossa crise, a crise da Europa, a Alemanha isto e a Alemanha aquilo.

Um leitor, que se identifica como “Carlos 1908”, deixou o seguinte comentário que transcrevo pela graça e fina ironia que dele transborda.

 

 

"Está visto que a Alemanha reunificada se está nas tintas para a UE.
Só temos uma solução:
- DECLARAÇÃO DE GUERRA -.
1. Mandamos sair imediatamente os submarinos rumo a Berlim.
2. A infantaria avança em TGV.
3. A nossa horda de funcionários públicos ocupa e paralisa toda a economia alemã em três tempos.
4. A malta das Novas Oportunidades transforma os alemães em analfabetos incapazes.
5. A brigada do Ministério da Educação bombardeia o país com os milhões de toneladas de lixo tóxico que foi acumulando nos seus arquivos.
6. O nosso sistema de Justiça encarrega-se da guerra psicológica, levando a maioria da população alemã à loucura e ao suicídio.
7. O Partido Socialista encarrega-se dos financiamentos necessários.
8. O Prof. Cavaco nomeia os generais.

JUNTOS VENCEREMOS
VIVA A 3ª REPÚBLICA".

 

Pela minha parte só tinha acrescentado ao ponto 1, os blindados…

publicado por Carapaucarapau às 11:27
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