Quinta-feira, 26 de Agosto de 2010

Um post desgovernado

                                               

 

 

                                          

                      Este conjunto foi roubado do blogue “as moscas do costume”

 

 

 

São 6 senhoras e 12 cavalheiros. Quando deparei com este conjunto pensei que não me importaria nada que:

 

- As senhoras fossem substituídas por cavalheiros.

- Os cavalheiros fossem substituídos por senhoras.

- Que fossem todos cavalheiros.

- Que fossem todos senhoras.

 

Mas tudo com uma condição: que os substitutos fossem melhores que os substituídos.

Se fosse possível serem “muito melhores” então era ouro sobre azul.

 

publicado por Carapaucarapau às 15:45
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Quarta-feira, 18 de Agosto de 2010

Portugal a "arder"

                               

São as “notícias do dia” nos últimos tempos: Portugal está a arder!

Há quem se admire com o tamanho das chamas e com o tamanho da área ardida o que só prova a falta de informação de muita gente. Há anos que há quem diga que Portugal “arderá” todo e que só soluções drásticas poderão reduzir o impacto do desastre. Mas a verdade é que estes “bombeiros” ou não têm agulhetas, ou água, ou simplesmente não são tidos em consideração. E o fogo alastra, alastra…

Há os que gritam que é fogo posto e há que prender e julgar os responsáveis (o que seria impossível tantos são os culpados, para não dizer que somos todos nós), há os que dizem que o Bento (São Bento para os mais rigorosos) vem complicar tudo, pois muda constantemente de rumo e que os “reacendimentos” são constantes. Outros replicam que tudo tem sido feito por São Bento para debilitar o “incêndio”, mas a verdade é que ele vai alastrando cada vez mais. Que não vai haver ninguém que lhe não vá sofrer as consequências e que já não haverá “água” que chegue para o extinguir.

Também parece que não há meios suficientes para “apagar o fogo”. Dizem que há “bombeiros” deslocados e que não conhecem o terreno que pisam, outros que são incompetentes e outros que são mal orientados.

Andam todos a pedir chuva, mas quando ela vier ainda vai ser pior, dizem uns tantos, enquanto outros lhes chamam catastrofistas.

Os meios são insuficientes para uns e suficientes para outros, mas a verdade é que se caminha a passos largos para o fim.

Que devia haver uma grande “limpeza” para obviar ao máximo com a propagação, o que é verdade, mas não se vê ninguém interessado nessa “limpeza”. E mesmo se ela fosse possível, não se vê quem, limpo, fosse capaz de empunhar a “agulheta”.

Portugal continua e continuará a arder, já ninguém quer, sabe ou pode combater o “fogo”. Há só umas pequenas medidas para evitar que arda uma ou outra “casa”.

E há muitas dúvidas que, mesmo com auxílio externo, a tarefa seja levada a bom termo.

Se arder tudo como ficaremos? “Queimados” (com um f), com toda a certeza.

O Ministro dos Fogos, sim há um Ministro dos Fogos como há tempos houve uma Ministra da Gripe, disse há poucas horas que em 2003 tinham ardido mais uns tantos hectares do que este ano, como se tivesse algum interesse isso (caso seja verdade, o que seria uma excepção).

Daqui a dias teremos umas inundações (de incompetências, se ainda for possível haver mais) e lá teremos o Ministro das Inundações a dizer que, de qualquer modo, foram menores do que no dilúvio universal, sendo certo que nessa altura ele ainda não era ministro. Nem ele nem aquele senhor fardado de “Protector Civil”, que é um senhor que tem uma farda que mais ninguém tem e que tem cara de pessoa tão inteligente que eu ainda nem percebi por que razão ainda há inundações e fogos, o que me leva a duvidar da tal inteligência, pois se ele tivesse um QI elevado o mais certo era fazer coincidir as inundações com os incêndios e assim matava dois coelhos só com uma cacetada, ainda que depois ficasse desempregado e não pudesse usar aquela farda tão linda!

Hoje o dia está farrusco e vai ser uma chatice se acabar assim a época dos incêndios, as televisões já andam aflitas a saber como hão-de preencher os noticiários. Mas vi agora mesmo uma outra notícia, relacionada. Um ilustre político disse que um Ministro era incendiário, ora toma, afinal já apanharam pelo menos um e até é colega daquele que apaga os fogos. Mas parece que ainda o não prenderam porque não foi apanhado em flagrante “delitro”, ele só bebe por pequenas canecas.

A verdade é que já arderam mato, pinheiros e “eu cá liptos” e ainda uma vaca à D. Ermelinda e uma cabra à D. Faustina e logo aquela cabra que estava destinada à chanfana na altura da festa lá da terra, que é daqui a uma semana, segundo disse o Ministro das Festas.

Isto das festas nas aldeias também costuma ser bom para os fogos, não tanto por causa dos foguetes, que esses agora só incendeiam os entusiasmos, mas por causa de alguns padres que insistem em deitar as beatas no tapete, ainda que agora parece que já há variantes com os meninos da catequese, que também incendeiam muito certos entusiasmos abaciais…

Resumindo: Portugal continuará a “arder” mas ninguém parece capaz de “apagar o fogo” que nos vai “consumir” (com um f) a todos. O que interessa, isso sim, é tentar apagar o fogo que queima os matos.

Quanto ao resto...

 

(As TV’s acabam de noticiar que o Ministro das Polícias e até as próprias Polícias andam no encalço dum outro incendiário conhecido pela alcunha de “Carapau”. “Se o apanhamos passamo-lo pelas brasas, tão certo como eu ser o Ministro das Churrascadas”, disse o próprio em directo, empunhando já a tenaz).

 

 

publicado por Carapaucarapau às 11:44
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Quarta-feira, 11 de Agosto de 2010

Contos curtos (4)

 

 

 

 

 

 

Perdido!

 

O homem, que era um globetrotter, olhou para o mapa, para a bússola, mediu a altura do sol e teve que admitir que se tinha perdido, apesar da sua imensa experiência. Andou ao acaso durante um tempo até que avistou alguém a quem perguntou onde estava. Esse alguém respondeu-lhe que estava em Portugal.

Só então o homem considerou que estava num beco sem saída.   

publicado por Carapaucarapau às 11:51
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Quarta-feira, 4 de Agosto de 2010

Hoje há saldos!

 

Lupa - objecto que serve para ampliar e que fica sempre bem a ilustrar um post…

 

 

Hoje há saldos!

 

Quem levar um procurador tem direito a um poema do Camões!

Oportunidade única! Últimos dias!

 

Até hoje ainda nunca precisei de um procurador para me tratar de nada. Mas há muita gente que não passa sem ele e até a centenária república não passa sem ter um sempre à mão. Há os emproados, sisudos e mais ou menos calados, os risonhos e fala-barato (os microfones à frente do focinho são uma tentação) e ainda outros do tipo descontraído a darem-se ares de que são modernaços, etc, coisa e tal, signifique isto o que significar, que eu de significados sei pouco.

Mas sei ouvir, ler e ver, o que já não é nada mau, e sobretudo sei tirar conclusões, ainda que muitas vezes erradas, no que estou muito bem acompanhado, como qualquer pessoa pode ver, desde que não ande distraída.

A verdade é que o hábito não faz o monge, diga lá o contrário quem quiser, que eu apresento provas.

Eu estou a falar, para quem ainda não entendeu, do PGR, sendo o G de geral, que eu cá não falo de casos particulares, a não ser neste caso.

Há processos que se arrastam há “milénios”, outros que prescrevem, procuradores ajudantes e ajudantes de procuradores que andam à porrada uns com os outros (mesmo que só verbalmente), procuradores bem vestidos e procuradoras mal lavadas e despenteadas, que dizem todas as semanas que para a semana que vem é que é a sério, que vendem peixe quando deviam estar a procurar com afã a verdade, há quem diga branco e diga preto ao mesmo tempo, há quem coce os ditos todo o tempo e se apresente como mártir de trabalho, há isto e aquilo e trinta por uma linha e a tudo o procurador chefe ou se cala ou abre a boca e sai asneira, com licença da mesa.

Há tempos como “prova” de que é uma pessoa de bem, honesta e que não mente, invocou a sua condição de beirão, como se alguma vez o lugar onde se nasce pudesse ser garantia de alguma coisa.

Eu, que não sou beirão, fiquei pasmado e não deixei de pensar em tantos e tantos que conheci e a quem não confiava nem dez reis de mel coado. Tenho dificuldade em entender estas pessoas.

Exactamente a mesma dificuldade em perceber como uma pessoa que diz que não tem poderes para fazer o que deveria ser feito (e já era assim antes de ter tomado posse do cargo), não tenha pura e simplesmente rejeitado o convite e o cargo. E agora que o governo diz que está há sete meses à espera que ele diga quais os poderes de que ele diz precisar, não tomou a atitude que um beirão, um minhoto ou um alentejano devia fazer, que era pedir a demissão.

Mas o magano do poder pega-se ao fundilho das calças e é muito difícil descolar da cadeira.

 

Sete meses! É certo que não são sete anos, porque

 

 

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
Que a ela só por prémio pretendia.

 

Os dias na esperança de um só dia
Passava, contentando-se com vê-la:
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe deu a Lia.

 

Vendo o triste pastor que com enganos
Assim lhe era negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,

 

Começou a servir outros sete anos,
Dizendo: Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida.

 

 

mas mesmo assim é muito tempo!

publicado por Carapaucarapau às 19:46
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