Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2019

E vai (mais) um...

Cá estou a pôr mais um risco na parede do blog, ao mesmo tempo que abro as janelas e sopro o pó.

Ao mesmo tempo fico a pensar como fui capaz de o ter aguentado tantos anos, embora saiba que aqui só vendia fraco peixe.

E pronto. Está cumprido o ritual.

publicado por Carapaucarapau às 19:36
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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2018

Pó e teias de aranha

- Por aqui hoje?

- Que tens tu a ver com isso, Sapo Zarolho? Venho quando quero, não mandas em mim.

- Só fico admirado. Depois de uma tão longa ausência até já julgava que…

- Não julgues. Come e cala-te. Até à próxima.

- Não te zangues!
-Vai à fava!

 

A razão principal deste post tem exatamente a ver com a “conversa” inicial com o sapo, que parece que é o dono desta treta.

Como estava há quase um ano sem abrir a janela, encontrei isto tudo cheio de pó e com teias de aranha e admiti que o Sapolas resolvesse fechar-me o quiosque, o que seria uma perda (eu disse perda) de lesa humanidade ou coisa ainda pior.

Mas já que vim e abri as janelas e arejei a casa, cumprindo assim a razão primeira desta visita, ficaria mal que não deixasse meia dúzia de palavras para atestar que não sou um robot e que ainda por cá ando. “Cá” quer dizer “por aqui”.

E como sou bom (pelo menos era bom) a encher chouriços, convém fazer aqui pelo menos meia dúzia deles, para que não se possa dizer “quem te viu e quem te vê”!

 

Acho que estou mais gordo, coisa para encher o olho a qualquer arrastão, ainda que me pareça que estou a ficar mais chato, assim tipo linguado, o que faz com que não bata a bota com a perdigota, salvo na rima. Deve haver um qualquer desfasamento entre sentidos… e entre balanças…

 

Assim sendo e cumprido o essencial desta missão e como estamos próximos de fazer mais um risco na parede da vida, fico-me por aqui.

 

Se por acaso alguém resolver meter o bico nesta casa semiabandonada, deixo os votos de um feliz Natal e um bom Ano Novo.

 

E desta vez nem meto conversa com o lince, nem sei se ele ainda existe, pois para animal já me bastou o sapo.

publicado por Carapaucarapau às 15:04
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Sábado, 31 de Dezembro de 2016

Aleluia!

Daqui a uma semana faz um ano que escrevi o último post, que passará a partir de agora a ser o penúltimo. Pensando eu que poderia passar pela cabeça do amigo Sapo qualquer ideia que tivesse a ver com fechar-me a loja, resolvi dar sinal de vida e dizer que ainda ando por cá.

E ao fazer isto, precisamente no último dia do ano, bem poderia apresentar um balanço, mas como tenho medo de enjoar com os balanços, não me abalanço a tanto.

Parace que é costume nesta noite deitar fora o que já não presta, o que eu não farei porque poderia também ir no embrulho. Mas resolvi despojar-me do acessório. Assim já hoje deitei fora uns centímetros de cabelo e uns milimetros de unhas. Estou ainda a pensar em qualquer coisa mais, mas ainda tenho umas tantas horas à minha frente para isso. Assim de repente não me ocorre nada mais. Isto de já se ter uma provecta idade (do latim “ aproveita a idade”) faz com que a memória nem sempre esteja ativa.

Eu sei que se tentasse, minimamente que fosse, comentar o que se passa aqui no prédio, na “minha” rua, no país ou no mundo eu teria motivos de sobra para postar aqui umas tretas de vez em quando, isto é, umas 365 vezes por ano e não mais porque a vida não é só encher chouriços, que é uma coisa que eu já comecei a fazer neste post e, portanto, acho melhor ficar por aqui.

A quem eventualmente entre aqui na caverna, seja por vontade própria ou por engano, deixo os meus votos de um bom 1917, ano só com algarismos ímpares, mas de soma par. Será bom augúrio?

Hummmm…

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince. Já nem te pergunto nada, porque o mais provável é já nem andares por aí. Talvez algum teu descendente…

       

publicado por Carapaucarapau às 14:12
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Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2016

Dignidade

Nos primeiros dias do ano não houve estação de televisão nem jornal (certamente também estações de rádio, mas como a essas não as ouvi, nada não posso afirmar) que não tivesse feito as contas aos dias em que não se trabalharia neste ano de 2016. Atendendo aos dias da semana em que “calham” os feriados e considerando as “pontes” que se poderão fazer (e mais os feriados que estavam suspensos e voltarão) vai ser um nunca mais acabar. Podemos afirmar que não ficará riacho nem ribeiro sem a sua “ponte”. Números redondos, os dias úteis ficam reduzidos a 2/3 dos dias do ano, considerando evidentemente os sábados e domingos também.

Tendo em conta que “em condições normais” só se trabalha 1/3 das horas de cada dia…”é só fazer as contas”, como diria o outro.

E se nos lembramos que um outro (este chamado Benjamin Franklin) disse um dia que “o trabalho dignifica o homem” concluiremos que pode estar aqui está uma boa explicação para a pouca dignidade que por aí anda…

E ainda se reparamos que o Franklin se referia ao homem e não à mulher, também encontramos uma razão para isso. Não para todas, é claro, hoje em dia até só para uma minoria, mas a razão está no facto de “elas” trabalharem mais que “eles”.

E agora, se me derem licença, vou retirar-me para começar a fazer o projeto para a próxima ponte a fazer, que vai ser “só” daqui a um mês, pelo carnaval…

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

E como vamos de pontes por aí? Também as fazes ou passas os riachos a vau?

publicado por Carapaucarapau às 14:14
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Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2015

Balanço

Termina hoje mais um ano, o outro já está ali ao virar da esquina, é hora de fazer o balanço.

Durante o último ano esta empresa V.I.D.A. teve alguns “investimentos” que podemos considerar de muito bons, tendo em atenção a “conjuntura de crise” que nos tem assolado nos últimos anos e que não nos permite alimentar muitas esperanças no futuro próximo. Já no futuro a longo prazo podemos garantir o encerramento definitivo da empresa, pois o seu ramo de atividade tem os dias contados e não vemos a possibilidade de “mudança de ramo” , pelo menos com a tecnologia de que hoje dispomos.

Foi um ano muito mau no subsetor da amizade, pois dois ou três dos nossos principais “clientes” (e ao mesmo tempo “investidores”) encerraram definitivamente a sua “atividade”. Esta mesma tendência já vinha aliás de anos anteriores. Já a procura de “novos mercados” prosseguiu com alguns êxitos, se bem que sejam mercados muito exigentes e que requerem muito tempo para se estabilizarem. E tempo não é coisa que a “empresa” tenha muito em stock. Vai sendo gerido tomando precauções, sobretudo porque estando muito ligado à “energia”, corre sérios riscos. As “energias fósseis” estão a degradar-se a olhos nunca vistos e esta empresa (ainda) não tem voz ativa nesse mercado. Já quanto às “novas energias”, de que as renováveis são só uma parte, estão pela hora da morte, salvo seja, pois isto é só uma maneira de dizer.

No subsetor da saúde não há felizmente grandes queixas a contabilizar, se bem que seja um setor do qual não há razão para esperar crescimento. Segundo todos os analistas apontam, ele irá “mirrando” com o passar do tempo, até ter de fechar.

Em resumo: o ano não foi brilhante, mas podia ser sempre pior, o “cach flow” manteve-se estável, mas manda a boa técnica de gestão que não se “distribuam dividendos” e se canalizem os resultados para “fundos de reserva” para prevenir eventuais “futuras crises” que poderão aparecer durante a duração da “empresa”. Como ensinam todos os tratados não há “empresas” eternas.

Por fim resta agradecer aos nossos “clientes e amigos” a atenção que sempre nos dispensaram, fazendo votos para que também as respetivas “empresas” sigam um rumo seguro, saudável e longo.

Agora vamos abrir o 2016 a ver as surpresas que ele nos trará.

 

Ainda que possa não parecer, este “balanço, relatório e contas” foi submetido à apreciação do nosso “Revisor Oficial” Lince, que, não sabemos a razão, não anexou o seu habitual “Parecer”. Será que também ele já encerrou a sua atividade? O futuro próximo o dirá.

publicado por Carapaucarapau às 12:57
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2015

Outros Natais...

Ontem sentou-se á minha frente, num centro comercial, um sujeito que vinha carregado com sacos de compras. Tratava-se de livros, a que ele tirava os autocolantes com os respetivos preços, depois metia-lhes dentro um papel que serviria para a eventual troca e finalmente metia cada livro na sua saqueta. Eram, evidentemente, prendas de Natal.

Sorri, para dentro, por dois motivos: primeiro, porque uns dias antes eu tinha feito o mesmo e segundo, porque eu não tinha feito tantas verificações quantas ele fez. Depois de meter cada livro na respetiva saqueta, ele voltava a abri-las umas tres vezes, para verificar se estava tudo em ordem.

Comprar livros para eu ler não é nada complicado. Ou já entro a saber o que quero ou, uma vez por outra, quando dou uma mirada pelos escaparates lá haverá um ou outro que acabo por comprar.

Outra música é comprar livros para oferecer, muito especialmente no Natal.

Como só ofereço a familiares, com quem estou portanto muito à vontade, sigo um critério: só compro livros “baratinhos”, em saldo ou “ao quilo” e daqueles que as pessoas ganham tanto em lê-los como em não os ler. Em geral são livros leves, quanto ao peso, quanto ao preço e quanto ao conteúdo. Os beneficiários, aliás, já sabem as regras do jogo.

Já sei que em troca irei receber, no máximo, uns dois (eu ofereço uma dúzia) e um deverá ser do ou sobre o Fernando Pessoa e o outro sobre uma qualquer história ou curiosidade da Matemática.

Quer dizer, cumprem-se os rituais, gasta-se algum dinheiro para fazer funcionar o mercado e não se acrescenta nada de novo.

É neste ponto que a minha memória dá um salto muito grande lá para trás e relembro 2 ou 3 livros que recebi, em recuados Natais. Todos dum senhor que se chamou Emilio Salgari e que foi dos escritores de aventuras que mais livros “viu” publicados nos quatro cantos do mundo. Diz a história que foi também aquele que menos dinheiro viu das centenas de edições que se fizeram. Viveu sempre com dificuldades económicas.

Hoje seria um escritor “politicamente “ incorreto e inconveniente pois matava animais e pessoas à velocidade da luz, nas aventuras em que metia os seus herois.

Pretos, brancos, amarelos e Peles Vermelhas tombavam ao mesmo ritmo que caiam leões, tigres, leopardos, elefantes, etc. Bastava que complicassem a vida ao heroi da aventura.

Só um exemplo: para petiscar um pedaço da ponta da tromba de elefante, não tinha problema de, durante um luivro matar 3 ou 4 animais, para lhes tirar esse pedaço que, depois de assado na cinza duma fogueira, constituia um petisco de “haute cuisine”, como se diria hoje.

Eu lia os livros dele, devagar, 3 ou 4 páginas de cada vez só, para “fazer render o peixe”, ou seja para prolongar o prazer que isso me dava.

Depois, reunia um grupo de 3 ou 4 putos um pouco mais novos que eu (naquela altura chamavam-se rapazinhos, a “putice” ainda não tinha sido inventada) e contava-lhes tintim por tintim todas as peripécias da aventura.

E não era preciso mantê-los em silêncio e atentos, pois eles encarregavam-se de assim se manterem, comendo palavra a palavra a “minha” história e vibrando com ela, tanto como eu tinha vibrado ao lê-la.

Mas isto tudo se passou em “outros Natais”…

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

E tu, Lince amigo, por onde andas? Há bastante tempo que não tenho notícias tuas. Sorte a tua foi não teres vivido na época do ti’Emilio Salgari, senão… 

 

VOTOS DE FELIZ NATAL A QUANTOS POR AQUI PASSARAM DURANTE ESTE ANO.     

publicado por Carapaucarapau às 00:09
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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2015

A dúvida

A dúvida, a eterna dúvida que me assalta de vez em quando.
Só na 2ªfeira soube que tinha um defensor na AR. Dei um salto de tal tamanho que saí fora de água, como dizem que fez o Arquimedes, mas esse sem barbatanas. Corri ao frigorífico onde tenho um espumante super reserva Murganheira, pronto para comemorar qualquer coisa digna de comemoração, agarrei a garrafa pelo gargalo e preparava-me para a abrir quando... me assaltou a tal dúvida.
Espera aí, falei para as minhas escamas. Quem me diz que ele é o que diz? Há qualquer coisa de errado logo à partida. Pois se ele se propõe defender os animais e a terra, como é que faz? Diz que não come carne nem peixe, só vegetais. Mas os vegetais não são filhos da terra? E propõe-se defender a terra comendo-lhe os filhos? Quer dizer, não vai querer que se pegue um toiro pelos cornos nem mesmo de cernelha, mas vai-se à alface, à lombarda, à cenoura e mesmo ao rabanete e chama-lhe um figo? (Sendo que o figo, mesmo não sendo um fruto, não deixa de ser um parente embora “afastado” -2 ou 3 metros que seja- da terra. E quem me diz a mim, que comendo ele os filhos da terra não coma também outros…?)
Tornei a abrir o frigorífico e meti de novo lá a garrafa.
Sentei-me a raciocinar. A mim, Carapau velho e com espinhas já ossificadas (cada espinha é uma lança apontada à garganta de quem me queira atacar) não me tentará comer, mesmo que eu esteja em repouso aqui no leito de algas. Á Catarina Martins (supondo que se ele vai sentar ao lado ou perto) também não me parece que tenha dentes para a comer, mas quem me diz a mim que se apanhar um jaquizinho, um cachuchinho, uma lulinha (esta nem projeto de espinhas tem) mais ou menos distraídos ele não os traga? (Do verbo tragar, não do verbo trazer, ainda que também os poderia trazer às boas…)
Sim, porque o homem vai ter de se alimentar, sem ser de algas e limos (que neste caso já poderia dizer que não são da terra, pelo menos em sentido restrito) e portanto dei o meu passo atrás e por aqui fico.
De qualquer maneira de olho alerta.

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
Olha Lince amigo, gosto de ti, porque não enganas ninguém. Tudo quanto mexa, só não comes se não fores capaz e ao mesmo tempo, só comes o que anda em terra e nada que se mova só na água.

publicado por Carapaucarapau às 13:42
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Quinta-feira, 1 de Outubro de 2015

Promessas...

Zeca: - Eh pá meu, vens com ar de quem tem uma fábrica de água a ferver!
Tó: - E tu com ar de quem tem falta de peso.
Z: - Por acaso nem me queixo disso. Graças a Deus que…
T: - Tá bem; chieira não te falta.
Z: - Ouve lá oh meu, disseram-me que andas na campanha?
T: – Pois ando e atão?
Z: - Aquilo deixa bago?
T: - Dá pró petisco…
Z: - Pelo que tenho visto, febras não faltam.
T: - Escapa; mas aquilo também é filme que só mete índios.
Z: - Deve ser ganda estopada…
T: - Oh pá, aquilo é só para quem emprenha pelos ouvidos. Eu só quero o meu.
Z: - Mas dá para abichares umas comezainas.
T: - Se dá. Um gajo sai de lá meio engasolinado e às vezes, quando a chicha é dura, um meco até sai com dores no garfeiro.
Z: - Andas só cas bandeiras ou aceleras nalgum charuto?
T: - Faço de tudo, mas charutos não entram por lá. É tudo alta cilindrada, que aquilo é sempre a esgalhar.
Z: - Tás cheio de guito não?
T: - Dá prás despesas.
Z: - Por acaso … se tivesses aí algum a mais…
T: - Olha-me este… para que queres tu o bago?
Z: - Eh pá, tenho aí uma carne da perna apalavrada, aquilo com um almocito…
T: - Tens uma lata! Eu entrava com o guito e tu ias gastá-lo com uma chantra qualquer. Não me faças rir que me cai a cramalheira.
Z: - Chantra nada, vê lá como falas. Fazenda de primeira, já disse.
T: - Tá bem, mas não contes comigo.
Z: - Julgava que eras meu amigo…
T: - Amigo sou, mas não sou totó…olha tenho de meter os calcantes a caminho, que a caravana parte daqui a pouco.
Z: - Tá bem, mas não esperava essa de ti. Lembras-te daquela vez que eu te…
T: - Eh pá, depois das eleições a gente fala. Prá semana …

 

Lince amigo, desta vez não metes aqui o dente, que tu não topavas uma e ainda me estragavas o arranjinho…

 

 

publicado por Carapaucarapau às 13:53
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Quinta-feira, 24 de Setembro de 2015

Pulítica

É verdade, hoje aqui há pulítica, mas da boa (com us em vez de oo), ou não estivéssemos no chamado período eleitoral, que é aquele período que também ataca os pulíticus.
Não tenho nada contra eles, nem duma maneira geral nem duma maneira particular. Sei que se não for Zé é Manel (também podia ser Maria ou Francisca, mas a coisa não se inclina muito para esse lado, pelo menos aqui no “jardim à beira mal plantado”) e que, com ligeirísssimas diferenças, são “farinha do mesmo saco”, como costuma dizer com frequência um “moleiro” que também entra na contenda (ou não fosse ele também “do saco”).
De saco cheio fico eu a ter de os aturar, sem contudo os aturar. Não os ouço, não os vejo (nem sequer os beijo), nem me interesso pela “altíssima pulítica” que eles “desenvolvem” neste período.
Só me pergunto (e a pergunta é muito antiga) porquê tanto tempo de campanha, dita eleitoral? Então 1 semanita, das curtas, não chegaria para vender o peixe? Ainda por cima peixe em adiantado estado de putrefação…
“Ah não”- dizem-me eles ao ouvido. “ Então como podíamos esclarecer o excelentíssimo público?” (Eles dizem Povo, que sempre enche mais a boca).
Esclarecer o quê? Alguém já alguma vez foi (se é que alguém quer ser) “esclarecido” de alguma coisa? Ou doutra maneira: as pessoas não estão já “esclarecidas” sobre tudo e há muito tempo?
Claro que aqui as águas dividem-se (divido-as eu): há umas tantas pessoas, que estão esclarecidas há muito e há outro grupo que nunca será esclarecido, nem está interessado nisso. Também não é aos berros, insultando-se reciprocamente e usando sempre os mesmo chavões que alguém esclarece alguém.
Fossem os pulíticus capazes de serem esclarecedores e não atuariam como o fazem, nas ditas campanhas. E aqui é que a porca torce o rabo e eu torço o nariz. É que os pulíticus não são “eles”, somos nós.
Fossemos nós outros e eles também o seriam. Para melhor, já se vê; mas como não somos…

À guisa de esclarecimento: que terá dado ao Carapau para pisar um terreno que não tem por costume pisar? Nem eu sei, mas talvez a falta de assunto mais interessante, como teria sido, p. ex. um escândalosito no futebol, sim porque escândalos, na política, não há.
Não fora este um blog sério e teria sempre motivos para posts com interesse. Assim a seriedade obriga-me a alinhavar, em geral, meia dúzia de tretas.
Hoje foi uma exceção (sorrindo).

Explicação final: este post foi o que deu origem ao da semana anterior, pois o considerei perdido. Como sou teimoso (quero dizer persistente) consegui recuperá-lo. Onde estava ele? Exatamente no lixo. Se tivesse pensado calmamente não me teria sido difícil concluir que, pelo assunto tratado, era na lixeira que ele estava bem. E se o tivesse deixado lá não se perdia nada.

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
E tu, Lince amigo, também és bom em tretas? E em insultos? E em etc’s?

 

publicado por Carapaucarapau às 14:24
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Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015

O não post...

Preparava-me eu para publicar o post que tinha escrito, faltava “passá-lo” pelo meu amigo Lince para ele o pôr de acordo com as últimas novidades, quando, resolvi alterar o título com que o guardava.
Nessa altura o DDT (Dono Desta Treta) avisou-me que a mudança de nome poderia inviabilizar a abertura do ficheiro. Disse para comigo “este tipo não sabe o que diz” e mudei mesmo o título.
O grande sacrista que é o tal DDT, talvez por ter ouvido o meu resmungo, nunca mais me deixou abrir o ficheiro.
Só porque isto é um blog sério (não me canso de o sublinhar até à exaustão) eu não ponho aqui em letra de forma aquilo que chamei ao tal DDT (ainda por cima vestido com a sua última versão). Tentei fintá-lo, troquei-lhe as voltas, barafustei, usei de muitas subtilezas e ele, surdo a tudo (pelo menos parecia estar, mas creio que ouviu o que queria e o que não queria) fechou-me todas as portas. E nem pelas janelas (Windows 10) entrei.
F. da P. (Falho de Paciência) disse para com os meus botões: não é para mim, também não é para ti e mandei-o para o lixo (ao ficheiro é claro).
E agora? Reescreves tudo de novo, sendo que não sairá igual à obra prima que estou impossibilitado de publicar, não publicas nada, ou contas a tua versão dos acontecimentos, acompanhada à guitarra e à viola, pois que se trata dum fado antigo?
Nada disso. Pior que escrever qualquer treta é ter de a escrever duas vezes.
Ainda por cima um post sobre “pulítica”, coisa linda de se ver…
Contas a tua Odisseia, a tua derrota, a vitória do DDT.
E assim fiz.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
E a ti, Lince amigo, já te aconteceu alguma vez terem-te feito desaparecer alguma coisa? O almoço, p.e.? Sim, porque a tua companheira, essa já foi…

 

publicado por Carapaucarapau às 18:11
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