Estamos em pleno verão, tradicionalmente de férias e descanso, em que só apetecem coisas leves e frescas. Da comida à bebida ao vestuário e aos amores é tudo light (não me esquecendo que tenho “contratado” um almoço ultra leve com uma feijoada de rabo de boi…).
Também este post vai ser leve e para isso socorri-me de umas quadras que já vêm do tempo da Maria Cachucha, que colecionei e guardei ao longo dos tempos, de que não sei os autores (suponho que a maioria será de anónimos) e outras são minhas. Estas últimas só para encher espaço e para haver alguma coisa original neste post.
Tudo ao molho e fé em Deus.
Da tua casa à minha
Não vai grande distância.
Ainda um dia lá hei de ir
Comer uma fatia de melância.
Passei toda a noite a pensar
No que ontem me disseste.
Eu não posso acreditar
Que partas para Budapeste!
Oh! Helena ingrata e tola
Deste cabo de mais um.
Helena! Dá-me a pistola.
Adeus Helena, Pum! Pum!
Oh sua descaradona
Tire a roupa da janela.
Que essa camisa sem dona
Lembra-me a dona sem ela.
Onde vais tu tão linda
Com essa saia amarela?
Espero um dia ver-te ainda
Deitadinha e sem ela.
Usas argolas e eu insisto
Que é sinal de muito caroço.
Quisera nelas fazer o Cristo
E beijar-te bem no pescoço.
Por que me tratas assim
Dessa maneira tão altiva?
Ainda um dia saio de mim
E ficas para sempre cativa.
Eu bem sei que não me queres.
Daí não vem mal ao mundo.
No mundo há mais mulheres
Que me têm amor profundo.
No verão tudo é ligeiro,
Da comida aos amores.
Daí este tom brejeiro
Como se bebem os licores.
Não te separes de mim
Com uma pedra no sapato.
Sou como uma ave e assim
Estás aí estás no papo.
Vou-me embora, já não volto
Tenho umas coisas a tratar.
Quando ando assim tão solto
Acabo sempre a cantar.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.