Quinta-feira, 25 de Julho de 2013

Quadras

Estamos em pleno verão, tradicionalmente de férias e descanso, em que só apetecem coisas leves e frescas. Da comida à bebida ao vestuário e aos amores é tudo light (não me esquecendo que tenho “contratado” um almoço ultra leve com uma feijoada de rabo de boi…).

Também este post vai ser leve e para isso socorri-me de umas quadras que já vêm do tempo da Maria Cachucha, que colecionei e guardei ao longo dos tempos, de que não sei os autores (suponho que a maioria será de anónimos) e outras são minhas. Estas últimas só para encher espaço e para haver alguma coisa original neste post.

Tudo ao molho e fé em Deus.

 

 

Da tua casa à minha

Não vai grande distância.

Ainda um dia lá hei de ir

Comer uma fatia de melância.

 

Passei toda a noite a pensar

No que ontem me disseste.
Eu não posso acreditar

Que partas para Budapeste!

 

Oh! Helena ingrata e tola

Deste cabo de mais um.

Helena! Dá-me a pistola.

Adeus Helena, Pum! Pum!

 

Oh sua descaradona

Tire a roupa da janela.

Que essa camisa sem dona
Lembra-me a dona sem ela.

 

Onde vais tu tão linda
Com essa saia amarela?

Espero um dia ver-te ainda

Deitadinha e sem ela.

 

Usas argolas e eu insisto

Que é sinal de muito caroço.

Quisera nelas fazer o Cristo
E beijar-te bem no pescoço.

 

Por que me tratas assim

Dessa maneira tão altiva?

Ainda um dia saio de mim

E ficas para sempre cativa.

 

Eu bem sei que não me queres.

Daí não vem mal ao mundo.

No mundo há mais mulheres

Que me têm amor profundo.

 

No verão tudo é ligeiro,

Da comida aos amores.

Daí este tom brejeiro

Como se bebem os licores.

 

Não te separes de mim

Com uma pedra no sapato.

Sou como uma ave e assim

Estás aí estás no papo.

 

Vou-me embora, já não volto

Tenho umas coisas a tratar.

Quando ando assim tão solto

Acabo sempre a cantar.

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.        

publicado por Carapaucarapau às 10:35
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De maria teresa a 25 de Julho de 2013 às 12:00
Canta, canta…
Que o teu canto tem encanto
Não te metas por enquanto
Na selva do desencanto

Na vida tudo tem fim
Há sempre um ponto final
Um parágrafo, um florim
E vai-se ler o jornal

Nesta coisa de rimar
Há muitos que o sabem fazer
Eu nasci foi para amar
O resto é para esquecer

Ontem foi dia de banho
A água está cara à “bessa”
Há que saber limpar o “ranho”
E não me deixar cair nessa

O tempo está a passar
E eu tenho mais que fazer
Vou pôr uma carne a assar
Só depois vem o lazer

Quadras estas que te arremeto
De todas eu sou autora
Na tua gruta eu me meto
Para te dar uma tesoura

Tesoura essa que vai
Sem sombra alguma de dúvida
Aparar as tuas escamas
Para que tu voltes à “vida”

Num beijo daqui soprado
Vou-me embora, vou partir
Envio-to ó meu amado
Amado amigo para rir.


De Carapau a 26 de Julho de 2013 às 11:02
Com a carne tem tu cuidado
Gosto dela mal passada.
Não queimes tu o assado
E vás para a vida airada!

Gostei do teu florim
Para comprar o jornal.
Se me comprasses a mim
Tu não ias nada mal.

Se nasceste para amar
Eu nasci para ser amado.
Não deixes a carne a assar
Já me cheira a queimado.

Já me vai faltando a veia
Para fazer mais quadras.
Este fogo que se ateia
Já me deixa sem palavras.

Mas sempre vai esta final
Para exprimir meu desejo.
Se não te cair mal
"Engole" lá este beijo.


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